domingo, 15 de maio de 2016

As 15 dicas de Macrotendências - Palestra de Ana Carolina M.Fernandes na Veste Rio:

Essa semana teve um evento no Rio chamado Veste Rio. Foi uma espécie de feira de negócios misturado com outlet de várias marcas cariocas com direito a palestras e espaço gourmet com vários foodtrucks descolados. Tudo criado na parceria da revista Vogue com o caderno Ela do jornal O Globo.
Quando soube do evento, lá fui eu no site ver as palestras disponíveis para me inscrever. Infelizmente perdi várias palestras interessantes por conta do horário. Só consegui ir na sexta-feira, mas dei uma sorte imensa de assistir uma palestra fantástica: "Tendência de comportamento e consumo para próxima temporada" com a especialista em macro-tendências do Senai, Ana Carolina Machado Fernandes.
 
 
A palestra dela não foi sobre moda, foi sobre TUDO. Ela em menos de 2 horas deu uma passada rápida nos vários movimentos de consumo com uma propriedade de quem sabe do que está falando.
Foi uma palestra tão rica e eu fui fazendo a maluca e anotando tudo. Foi tanta informação  que eu achei interessante compartilhar aqui com vocês. Certamente não conseguirei trazer a dimensão das coisas levantadas por ela, mas não posso deixar de citar 15 macrotendências de comportamento de consumo apontadas por ela:
 
1)Mercado de massa se craquelou e os minimercados começam a ficar importantes e ganhar espaço.
 
2)Representatividade - questionamento de padrões (principalmente estéticos). A diversidade está sendo muito cobrada pela sociedade de consumo.
 
3)Consumidor mudou - formulas antigas não se aplicam mais ao novo consumidor na era da internet, fazendo com que várias marcas importantes reformulem o seu branding. Ex: Urban Outfitter.
 
4)Geração Z - geração que fala por imagens e é mais contestadora e disrruptiva e que não quer se rotular (Ex: indumentária sem gênero - marca Selfridges).
 
5)Forte crescimento de microempreendedores criativos e incubadoras. (ex: Decola e Complexidade - incubadoras que preparam empresas de moda para entrarem no mercado).
 
6)Movimento Slow - crescimento do trabalho manual ( artesanato, caligrafia, costura, aquarela,  ilustração...)
 
7)Necessidade das marcas venderem lifestyle e agregarem todos os interesses do seu público consumidor, não somente o seu produto. Ex: loja de roupa de ginastica fornece aula de ioga de graça aos domingos. Zara e H&M abrem lojas com produtos para a casa. Urban Outfitter é o segundo maior vendedor de vinil nos EUA.
 
8)Empatia como necessidade para fidelizar o consumidor. A marca Patagônia no dia do Black Friday lançou uma campanha de não-consumo.
 
9)Tecnologia deve ser aliada a utilidade e humanidade. Ex. google glass falhou!
  • aplicativo Slack - nova plataforma de permite melhor interação e agilidade e promete acabar com o e.mail nas empresas e já hoje está sendo usado por empresas grandes como ebay.
  • games como ferramenta para aprendizagem interativa.
  • realidade virtual - ferramenta para vendas - inclusive em feiras de moda já está sendo usada para o cliente conhecer as coleções.
  • drones dentro de casa para monitoramento da vida. Ex: ver remotamente se deixou o gás ligado.
  • produtos feitos com impressora 3D mas com design que remetem às origens culturais. 
10) Marcas vendendo on-line mas com lojas físicas que dão ao consumidor experiências de consumo.
 
11) Busca por equilíbrio emocional - meditação.
 
12) Alimentação fresca e saudável e consciente. (Ex: crescimento de comida vegana e  supermercado que vende seus produtos sem embalagens)  
 
13) Novos negócios transparentes - empresas politicamente  corretas que contribuem para uma boa ação. 
 
14) Preocupação do descarte dos produtos.
 
15)Consumidores como parceiros - consumidores envolvidos nos projetos da marca. (ex: Apple  divulgando as fotos dos   consumidores na propaganda do Iphone6).
 
 
Para fechar esse post, compartilho o vídeo que ela passou na palestra para apontar a necessidade de uma marca se aproximar do seu público alvo mas que podemos levar pra vida: O Poder da Empatia!
 
 
Espero que tenham gostado das dicas. :-)
Beijo
Eliana
 

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Apresentação de Croqui : Um desafio


Hoje eu vou falar com vocês a questão dos croquis para apresentação da proposta de figurino.
É aquele momento que você ja leu o roteiro, conversou com a equipe para entender como será a produção e qual a "cara" que cada personagem deverá ter.
Daí entra a criação do figurino com a sua proposta para cada personagem. É com esses croquis e com o mood board que o figurino é apresentado à direção para a aprovação ou possíveis ajustes. Por isso esse é o momento do figurinista "vender seu peixe".
É preciso deixar claro que não estou aqui para ensinar ninguém a fazer croqui. Até porque mal desenho uma casinha com um sol no fundo.
Mas e aí? Como apresentar uma proposta de figurino?

É importante perceber que o objetivo do croqui para esse momento é diferente do croqui que segue como base para  confecção da peça. O croqui de apresentação serve para você mostrar a sua ideia. E quando eu digo ideia, quero dizer que precisamos através desta ferramenta passar o clima, a sua leitura do personagem e principalmente traduzi-la através do desenho para mostrar para a produção/direção que a sua proposta está em sintonia com a proposta do diretor, dos atores, do pessoal de arte, fotografia, etc...
Pra isso, não precisamos sofrer em desenhar uma pence com perfeição, por exemplo. Mas por outro lado, o desenho precisa de encantamento. Quanto mais cores e texturas esse croqui tiver, mais clara ficará a sua interpretação. Ele precisa "encher os olhos".

Meu primeiro croqui foi feito no curso de Figurino. Tínhamos que fazer em média de 10 croquis cada um. Mas como já disse, eu não sei desenhar. Recorri então aos moldes disponíveis na internet e a partir do "esqueleto" do corpo, criei as roupas. E mesmo assim, penei, viu? Acho que gastei um quilo de borracha. Posso dizer que foi uma noite loooonga... kkkk

Meus croquis sem rosto e sem tempero. kkk

Croqui do vestido de noiva da protagonista + Mood Board
No dia da apresentação dos trabalhos, entendi essa questão da emoção. Meus croquis estavam sem sal nenhum. As proporções estavam até corretas mas eles estavam chatos, apáticos. E o que o figurinista quer é que o seu desenho cause aquele "Uau!". O ator precisa ver e se imaginar ali.
O croqui tem que impactar. Não tem jeito!

Por isso vale a pena investir mais tempo treinando o seu próprio riscado, seu jeito único de fazer. Vale investir num estojo de lápis de cor de boa fixação e uma cartela grande de cores. Se tiver noção de aquarela, tão melhor. Pode pirar um pouco com colagens. O importante é botar a criatividade para fora e surpreender.

E por essas minhas andanças cibernéticas, li um post do blog Just Lia onde ela mostra os croquis incríveis de um menino de só 18 anos e que tira muuuuita onda: Eberth Gabriel. Ele faz exatamente aquilo que eu estou falando nesse post. Vejam só:




Entenderam o espírito da coisa?
Imagina uma apresentação de figurino com uma foto destes croquis?!? Não iria causar um encantamento?

Óbvio que o Eberth tem um talento fora da curva. Mas o legal é que no instagram ele compara  o mesmo croqui de 2013 com o que ele fez recentemente e o traço evoluiu muito.
Não tem jeito, gente. Quase tudo nessa vida tende a melhorar com a repetição. Tem que treinar.

Espero que tenham gostado desse post. Devo todo conteúdo à Luisa (a prof do curso de figurino que fiz). Foi ela quem bateu muito nessa tecla da criatividade. Mas se eu  tiver escrevendo alguma besteira, óbvio que o erro é meu, né? É aquela velha frase: "eu sou responsável pelo que digo, não pelo que você entende".  É bem por aí! kkkk

P.S. Não se esqueçam que a sua "piração" tem que ser traduzida para o figurino real. Caso contrário, vai virar aquela piada pronta de expectativa x realidade. E ninguém quer isso, né gente?

Beijos

Eliana

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Figurino com Consultoria Fashion?!?

Ontem começou a nova novela das 7 e a personagem da Juliana Paz brilhou. Ela é diretora de uma revista de moda e seu figurino já começou causando.


Investiguei e descobri que tanto a personagem dela quanto o de sua assistente estão sofrendo uma consultoria fashion do stylist Pedro Sales (que basta dar um google para ver que ele é "o cara" aqui no Rio). A figurinista Rosane Gonçalves disse em entrevista que é uma parceria muito produtiva e que juntos, conseguiram achar o tom certo: uma versão apimentada da Carine Roitfeld (diretora da Vogue Paris).


Na novela Verdades Secretas, o Dudu Bertholini foi consultor fashion também. Pelo que li, a função dele foi um pouco mais ampla, indo além da escolha do figurino. Ele guiou também os editoriais e desfiles da novela.


Outro caso deste tipo de parceria está no filme 007.
Desde Skyfall o Tom Ford trabalha com a figurinista Jany Temime. Mas pelo que li, é a figurinista quem faz o papel do "gorilão da bola azul" nas decisões do figurino, mesmo quando se trata de Tom Ford! kkk


Li uma entrevista dela no site da Esquire que é ela quem determina como serão os famosos ternos, smokings e acessórios do agente secreto mais pegador do cinema. Parece que ele dá suas sugestões operacionais e produz. Simples assim. Claro que não podemos comparar esse case às nossas novelas, né? Imagina o quanto o Tom Ford deve faturar em vendas vestindo James Bond? Ele tem mais é que falar: "Saúde!" antes mesmo da Janyzinha espirrar. kk Até porque a francesa é fera. Ela já assinou nada menos que o figurino de Harry Potter.


Enfim... O que eu acho interessante observarmos que essas "parcerias" com consultores estão cada vez mais frequentes. Será essa uma tendência? Será que eles estão suprindo uma demanda por falta de uma "fashionização" dos figurinistas? Ou será que eu estou viajando e esses são casos pontuais pelo fato de serem produções que falam sobre o mundo da moda tal qual um historiador dá consultoria quando se trata de uma produção de guerra, por exemplo?

Vale a pena a gente acompanhar as próximas produções, né? Por enquanto, vamos seguir observando...


Beijos

Eliana




domingo, 8 de novembro de 2015

Meu Primeiro Set de Gravação

No curso de figurino que fiz no Polo Criativo que comentei aqui, eu conheci uma menina que trabalha com direção de arte e estava ali para aprender mais sobre figurino. Na última aula ela perguntou se alguém tinha interesse de participar da gravação de um curta metragem como assistente dela. Sem sequer respirar, topei.
O que eu entendo de direção de arte? Nada.
Já estive numa gravação antes? Não.
O que eu exatamente faria lá? No idea.
Como ela sabia que eu era zero experiente, confiei no seu bom senso de que conseguiria ajuda-la no que fosse preciso. Ela me passou o roteiro antes. Li e no último sábado, lá fui eu prum apartamento na Tijuca sem conhecer ninguém e nem saber exatamente o que iria acontecer.
Quando cheguei eles já estavam com a mão na massa, digamos assim. Participavam da gravação do curta o alunos de cinema da Puc (um projeto da facu). Não contei direito, mas deviam ter de 15 a 20 pessoas, contando com iluminação, som, direção,  produção, fotografia, maquiagem, figurino, uma atriz e nós, da arte.
Todo mundo me tratou super bem. Apesar de bem comprometidos com o trabalho, o set fluiu de forma bastante descontraida. Todo mundo muito entrosado, empolgado de estar ali fazendo cinema. Não sei se é sempre assim ou foi puro golpe de sorte.
Mas, olha. Eu não tinha ideia da trabalheira que é. Uma cena de 30 segundos pode demorar muito pra sair, as vezes até 1 hora. O preparo da iluminação é uma questão bastante delicada. Um trabalho minunciosíssimo e demorado.
Todos acompanhávamos a filmagem em tempo real através do note.

E quanto a minha função? Pois é. Senta que lá vem história.
A Fernanda ( a que me indicou) ja havia decorado todo apartamento porque as gravações ja haviam começado um dia antes. Todas as cenas deste dia foram gravadas na cozinha, área e quarto de empregada.
Como as cenas não são gravadas de forma sequencial, então entre uma cena e outra, tinhamos que mudar o cenario e figurino. Até aí, tudo bem. A dificuldade é lembrar que na cena que antecede a que vai ser gravada, quais roupas estavam no varal, quais eram as posições dos copos na pia. Quantas garrafas tinham na mesa. Onde estava o pano de prato. Aff... Essa questão da continuidade é beeeeem chata. É preciso ter memoria visual e  muita atenção, porque pra errar é fácil, fácil. E na hora de montar e colocar numa tela de cinema o erro pula até em 3D. kkkkk
Descobri que eu não nasci pra isso. Sempre fui muito distraida.
Por outro lado, decorar as cenas foi muito legal. Tinha uma cena que a empregada prepara um lombinho. E lá fomos nós botarmos o lombinho cru num pirex, bezuntar no molho e fatiar umas cebolas edepois deixar na pia para decorar o cenário. Tivemos que estender roupa na corda, guardar vassoura, etc... Arrumamos também uma mesa de fim de jantar com sobras de comida e guardanapos amassados. A Fernanda teve que "sujar" a saia da empregada com óleo mineral e pó compacto para parecer gasta e usada. Tudo da direção de arte serve para dar veracidade. Achei incrível. Um trabalho muito bacana.
A tal mesa de fim de jantar.

Fico imaginando o trabalho de direção de arte de cenários incríveis como a cozinha da Dona Benta do Sítio do Picapau Amarelo com todas aquelas guloseimas, ou uma cena de jantar com muitos atores em cena. E o figurino de sobreviventes de acidentes ou incêndios com suas roupas minuciosamente detonadas? Deve ser muuuuito trabalhoso, mas igualmente incrivel de se fazer.
Esse mundo de faz-de-conta é realmente apaixonante. E é muito legal ver uma galera novinha super envolvida e dedicada, querendo criar, fazer algo novo. Era totalmente perceptível que todos ali (sem exceção) tinham um brilho nos olhos. Todo mundo trabalhando junto como se fosse uma corrente onde cada elo tinha uma importancia fundamental. E, de repente, me vi ali, contribuindo para fazer o filme acontecer também. Eu fui um elo dessa corrente também. :-)

Beijo

Eliana

Marília Carneiro no Ofício em Cena

Oi, pessoal.
Vocês conhecem o programa Ofício em Cena exibido na Globo News?
É um programa de entrevistas feita por artistas para artistas. Explico: no programa os atores, diretores explicam seu ofício. Na plateia estão estudantes e artistas querendo conhecer e se aprofundar no processo criativo do entrevistado. É um programão. É mais curto do que deveria, mas muuuito rico.
E pela primeira vez, uma figurinista foi a entrevistada. Corrijo, foi "a" figurinista mais incensada da Globo: Marília Carneiro.


Para quem não conhece, basta dar um google para ver que foi obra dela o figurino "masculinizado" da Regina Duarte no seriado Malu Mulher e as famosas meias de lurex da Sonia Braga na novela Dancing Days. Preciso falar mais?!?

Esse programa está disponível no Now da Net mas para outras operadoras, é possível assistir pela internet através do globosat play.
Vou aqui mastigar os assuntos que mais me chamaram a atenção e que acho que vale a pena guardar. Portanto, dou o aviso de spoiler, hein? kkk

Ela começa o programa explicando a importância do figurino para a construção de um personagem:

"O figurino é uma direção externa usando a vestimenta. Isso a primeira vista parece fácil, mas não é!"

"Um figurino não pode aparecer mais que o personagem. Você não pode olhar o figurino e esquecer o que  o personagem está falando."

Num dado momento, uma estudante de figurino pergunta a ela qual seria o diferencial de um bom figurinista e ela é taxativa:"É a vocação. Não tem como contrariar a sua vocação". Ela ainda cita a biografia da Edith Head onde ela fala que a melhor coisa é desistir. É o caminho mais fácil, porque nenhum figurinista fica milionário e que o figurino não é considerado de 1° ordem. Mas que quando existe a vocação, não há segunda opção. Não há saída.

Ela ainda aponta a importância da formação do olhar. A internet, o estudo da historia da arte, da observação do cotidiano, as pessoas no meio da rua. Esse é um grande exercício. A cabeça não pode parar de observar nunca.

Ela também conta várias histórias curiosas que viveu nesses anos de ofício, seus erros e saias justas. Ela contou também que está trabalhando na produção do figurino de "Ligações Perigosas", onde ela está tentando desconstruir os anos 20, 30 e aproximá-lo ao gosto de 2015 que, segundo ela, está sendo um grande desafio: "Vamos ver se isso vai dar certo!". Alguém tem alguma dúvida?

Espero que tenham gostado da dica.

Beijos

Eliana

Curso Figurino - Polo Criativo



Olá, pessoal! Tudo bem?
Hoje eu vou contar rapidinho como foi a minha experiência no Curso de Figurino no Polo Criativo.
Como disse logo no primeiro post desse blog, passei algum tempo pensando e qual área de moda eu gostaria de me aprofundar e buscar uma profissionalização.

Andei pesquisando vários cursos de figurino aqui no Rio e a maioria, ou era muito caro, ou era em horário comercial. Por esses dois motivos, demorei um pouco para achar um que me atendesse. Cheguei até a achar um curso que me atendia nesses dois quesitos, mas eu nunca tinha ouvido falar do professor. Percebi que como a procura sobre moda tem aumentado muito nos últimos anos, foram criados cursos muito com cara de caça-niquel, sabe? É preciso investigar muito para não ter perda de tempo e de dinheiro. Então esperei.
Como alguns amigos meus já recomendaram os cursos de Polo Criativo, dei um google na página deles e deu vontade de me inscrever em todos. kkkk  Vi que abriria uma turma de figurino a noite com a figurinista Luisa Lovell Parker, que o google me "disse" que valeria muuuito  pena. Fui sem medo.
Os cursos do Polo Criativo são curtos. A proposta é ter um conhecimento geral e experimentar e dar um norte. Caso a pessoa se identifique, busca-se um aprofundamento. Por isso que na minha turma tinham varios alunos que estavam  vindo do curso de personal style e cool-hunting. Eles estavam ali experimentando. Acho que tive sorte. Já fui pra lá apaixonada por figurino e fiz minha inscrição pra dizer para o meu cérebro o que o meu coração insistia em dizer.
Fiquei encantada com a Luisa (que pessoa doce!) e com todos os meus colegas de classe. Todos tinham alguma "bagagem" e pude aprender muito com eles.
Não me lembro a fonte, mas ja li a seguinte afirmação: "Se você é o melhor da equipe, então você está no lugar errado". Então eu estava muito no lugar certo. A única "crua" era eu. kkkk
Apesar do curso ser curto (6 aulas), aprendemos muito. Foram aulas muito intensas e proveitosas.
E desse curso, ja assisti um aulão de figurino com uma das colegas. Já rolou um gravaçao de curta. Vai rolar outra oficina de customização e consumo consciente... Tá rendendo frutos.
Essa é a vantagem de fazer vários cursos curtos. Eles aumentam a sua rede de pessoas que buscam o mesmo que você. E isso te permite viver ao máximo várias experiencias diferentes e trocar ideias com muita gente. Ainda mais no figurino, onde absolutamente tudo é inspiração.
Acho que o caminho é esse.
Recomendo de olhos fechados os cursos do Polo Criativo. Mesmo!!!!

Beijos

Eliana

Meus Fantásticos Colegas de Figurino


segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Dica de filme: Dior e Eu


Você já deve ter pelo menos ouvido falar deste filme através da mídia na época da sua divulgação. Me lembro que ele chegou a entrar em várias salas de cinema (pelo menos aqui no Rio).
Este documentário mostra a entrada de Raf Simons como estilista da Dior após a saída conturbada do John Galiano (por causa de seus comentários antissemitas). O período retrata o desafio do novo estilista em criar uma coleção do zero em 2 meses e toda pressão que o processo envolve.
Achei o filme meio com cara de autopromoção do "incrível-mundo-Dior". mas vale muito a pena assistir para matar a curiosidade do que rola nos bastidores destes desfiles nababescos de alta-costura.
O que ficou para mim deste filme é que ele deixa na memória do espectador toda paixão que a equipe trabalha.
Apesar dos prazos apertados, dos desafios impostos pelo estilista, das brigas internas, todos trabalham duro e com muita paixão para fazer a magia acontecer.
Queria ressaltar algumas curiosidades do filme:

1) Raf Simons não desenha as suas criações. Ele ilustra suas ideias com recortes e vai explicando verbalmente os detalhes que serão desenhados por alguém da sua equipe. Isso prova por A+B que é possível criar em moda sem saber desenhar. Legal, né?




2) Tão ou mais difícil do que criar é saber executar o que o estilista idealiza. As duas mestres de costura tem a complexa função de coordenar toda equipe e traduzir para o tecido as ideias do estilista. O filme deixa bastante clara a importância das duas. Fantástico.




3) Prazos, prazos, prazos... Como lidar com a pressão de criar um vestido todo bordado praticamente do zero na véspera do desfile e manter todos calmos? Pois é. Que desespero, gente...



No geral, vale a pena ver o filme, ainda que seja para tentar entender a saída pra lá de repentina dele da Maison no final de outubro. Saiu uma reportagem na Vogue bastante interessante que acho que vale a leitura clicando aqui.

Eu acho que vale muito a pena ver o filme, ainda mais com a facilidade de assisti-lo no conforto de casa através do Now da Net.

Um beijo

Eliana